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Frases comuns, mas que conduzem-nos a novas reflexões





Esta é uma dúvida comum dos pacientes, e até dos profissionais. ⠀

Alguns pontos devem ser contextualizados para conseguirmos compreender a noção da variável tempo no tratamento da dor crônica.⠀

1. Por um lado, reconhece-se que a dor crônica fica mais intensa fisiologicamente pelo bombardeio de informação nociceptiva. Logo, ⠀

2. A plasticidade da dor seria "alimentada" pela própria dor.⠀

3. É necessário compreender que o tempo que você (o paciente) "alimenta" a dor, por permanecer com dor. ⠀

4. Será necessário "acordar" outras vias neurais para "mudar" esta "memória da dor" ⠀

5. A melhora da dor varia conforme o ganho de funcionalidade (fazer algo que gosta ou quer). ⠀

6. O ganho de funcionalidade é o mais importante, as vezes a dor parece que fica igual, mas a pessoa percebe que ela consegue fazer muito mais do que fazia antes. ⠀

A percepção da melhora deve ser diária,

mas reconhecendo que é pequena a cada dia.




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Quando falamos em dor crônica, automaticamente a gente já lembra de exercício físico. Independente da dor, seja ela fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do intestino irritado.... ⠀

Mas informação não é suficiente para promover mudança de hábito. ⠀

E excesso de informação também pode ser tóxico,.... podendo até piorar a percepção da dor por aumento da irritabilidade. ⠀

Das pessoas que tem dor crônica, a maioria delas tem noção da importância do exercício físico regular. Mas ficar repetindo isso, sem compreender as VERDADEIRAS barreiras e obstáculos que O PACIENTE (A PESSOA) enfrenta, fica complicado ajustar o exercício.⠀

E isso está relacionado à teoria da neuromatrix cortical! ⠀

por isso é única!⠀


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A siesta é uma bifurcação na pesquisa.... alguns dizem para não dormir pois pode

prejudicar o sono da noites; outros dizem que quando nosso corpo está com sono: deveriamos dormir, tirar um cochilo.⠀

Na prática, nós defendemos que você tire uma siesta quando estiver com sono (e sempre que puder),. A siesta pode ser regeneradora, ao contrário do sono (ruim) que várias pessoas com dor crônica relatam. ⠀

Teste, não custa nada, além de umas horinhas do dia.



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Viver em busca de tratamentos, propõem às pessoas a oportunidade de conhecer várias opções e modelos terapêuticos. Experimentar, avaliar e discutir faz parte do processo de busca por consultas, diagnóstico, por diferentes prognósticos e modalidades de tratamento.


Mas as vezes, a motivação tem uma baixa. O cansaço de procurar... permite um momento de pausa. Reavaliar e ver os caminhos percorridos. Amadurecer e apropriar-se de tudo que já aprendeu e viveu.


Ao ver uma nova modalidade, uma nova oportunidade, o paciente com dor crônica não vai mais iludido de uma cápsula mágica ou pílula milagrosa que resolve o problema da dor em um clique.





Questionar antes de iniciar um tratamento.

Esse questionamento faz parte da solução!

Questione, esclareça as suas dúvidas e descubra até onde o tratamento pode lhe conduzir e saiba qual a sua participação para que o resultado seja o melhor possível!





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A dor crônica, aquela que não está associada a lesão ou trauma não cicatrizado. Aa dor crônica é aquela doença invisível por não podermos VER a dor. A dor crônica é uma doença incapacitante, que reduz o prazer e a satisfação ao realizar as tarefas do dia a dia.

Concluir as metas, satisfaz. Mas quando a pessoa sente dor, a alegria de satisfação é prejudicada pelo desconforto e pela dor no corpo.


A dor pode ser invisível, mas os olhos, não.


As pessoas significativas, parentes e amigos, às vezes percebem o desconforto e a dor,....

mas a sensação de incapacidade de quem ama aquele que sente dor; também existe.

Não conseguir ajudar alguém, também enfraquece, entristece.


Sente, quem sente dor,

Sofre que vê o outro com dor.



Vamos combinar de pedir ajuda quando precisar?

Vamos combinar de pedir ajuda para se distrair quando for o desejo?


Conversar com os outros, mostrar a necessidade de ajuda aquele que quer ajudar!

Isso ajuda a suavizar essa sensação de dor invisível.



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[ILUSÕES DE UMA QUARENTENA]⠀

Quando o comércio fechou, as escolas cancelaram as aulas e permaneceram apenas os serviços essenciais,... pensava-se que haveria tempo em casa. Tempo incontável que demoraria muito para passar. Liamos relatos de brasileiros na Europa falando da monotonia.. ⠀

Mas por aqui, não é o que percebemos. ⠀

A importância em NEGAR "convites" para trabalhos em home office tornou-se ainda mais importante que antes! ⠀

Dizer Não!⠀


Achar tempo em casa para descansar, SIM! ⠀

As atividades laborais e domésticas se condensaram e falta tempo hoje para o ócio!⠀

Não se perde tempo e deslocamentos com longas filas de carros, em ônibus lotado. ⠀

Mas também não parece haver aquela "auto permissão" de chegar em casa e relaxar um pouco antes de começar a próxima rotina.⠀

Não temos necessariamente mais tempo livre por estar em casa.⠀

o tempo livre é uma conquista, e cada um permite-se (ou não).⠀


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Você se lembra de um momento de alívio da dor, após uma sessão de fisioterapia?

A maravilha de sentir alívio da dor, a qualquer momento, é sempre gratificante.


Pois é, curtir o soninho ou o momento é bom. Mas é muito, MUITO importante lembrar que para manter o bem estar corporal; ou seja, para treinar o corpo a sentir menos dor, é necessário movimentar-se!




O corpo saudável é aquele que se movimenta!

A mente feliz é aquela que se faz, realiza (se movimenta também)!



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O medo do movimento. De onde será que vem?


Quando temos uma lesão, um machucado, ... aprendemos desde a nossa terna infância que é melhor não mexer a parte do corpo que está machucada para que ela possa cicatrizar. Ok. então se tem um corte, melhor deixar o corpo dar o seu jeito.


Quando os exames de imagem mostram que temos estruturas ósseas alteradas dentro de nosso corpo. Por exemplo: os bicos de papagaio na coluna, os joelhos com redução de espaço na articulação.... será que essas imagens mostram a lesão?

Apesar da resposta intuitiva ser "sim".

A resposta científica seria - na maioria das vezes - um grande NÃO !


"NÃO ?!?!?! COMO ASSIMM???! Se sinto dor, e tem alteração na imagem dos meus exames, como assim dizer que: (1) não tem lesão e (2) não teãm nada a ver com a minha dor ?!?


Pois é,...

Inúmeros estudos demonstram que não tem relação entre a dor e a imagem no exame de Ressonância magnética, Tomografia computadorizar, Ultrassom ou mesmo Radiografia.

Não tem.

Podemos ter dor sem alteração na imagem do exame.

Podemos não ter dor e ter alteração na imagem do exame.

E vice-versa.


Por um lado isso é uma excelente notícia !

Seus exames não dizem nada sobre a sua dor!

Podemos ajudar você a ter menos dor, mesmo que os exames estejam "feios".


Outra verdade que a ciência traz, é a importância do movimento para mantermos a cartilagem das articulações (das juntas) saudável!


O movimento permite que a articulação nutra-se, que absorva mais água e conquiste um espaço que vinha sendo "encolhido" (reduzido) por causa de hábitos de vida de inatividade!


O movimento bem orientado ajuda você a conquistar mais saúde!

O primeiro passo é começar a planejar! Vai precisar de ajuda?

Procure um profissional do movimento para te ajudar!

Identifique qual tipo de ajuda você precisa e consulte um

Fisioterapeuta, Terapeuta ocupacional, Profissional de educação física.

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Aquele corre corre diário...

objetivos, compromissos, responsabilidades ....


Antes da pandemia: rotina puxada, faltava tempo entre deslocamentos, trabalho, escola, lazer, estudo, casa, supermercado,...noites em claro, noites acordada(o) preocupada(o) com o que já passou ou o que está por vir.

💥 Quem tem dor crônica acrescenta a essa rotina um furacão🌪 de compromissos extras com especialistas a procura de diagnóstico, um vai e vem a muitos profissionais de saúde 🔄 em busca de tratamento. Uma rotina que exige além dos compromissos familiares e profissionais; um tempo ⏰ para correr atras de um alívio para a dor. ☄️


Durante a pandemia: rotina instável, tempo em casa com a ilusão de ter tempo para descansar, com (praticamente) todas as responsabilidades centralizadas no "lar doce lar"

💥 Quem tem dor crônica acrescenta- a essa rotina doida de pandemia - um furacão🌪 de preocupações, não consegue manter seus tratamentos complementares pois vários serviços estão fechados, com horários restritos, e o próprio paciente pode ter receio de sair de casa pelo risco de exposição ao covid. 🔄 A incerteza do momento, a aceitação de um momento passivo por ter que ficar em casa 🏠, Incerteza, medo, passividade aumentam a percepção da dor. ☄️


Após a pandemia ou até a vacina: um "novo normal". Essa é uma história futura... muita suposição e expectativa.


Cobranças de multitratamentos:

👨🏻‍⚕️vai ao médico ele prescreve medicamentos 💊 e acompanhamento com fisioterapeuta 👩🏽‍⚕️ para saúde física🚴🏽,

vai à consulta com o fisioterapeuta 👩🏽‍⚕️ e ela solicita que o tratamento seja realizado com psicólogo também 🧑🏻‍💼 para ajudar com a componente da saúde mental 🧠

depois vem a sugestão de nutricionista🥗, yoga🧘🏽‍♀️, outro especialista🩺..... 👣caminha pra lá e para cá 🚶🏾‍♀️🚶🏾🚶🏼‍♀️, 🧎‍♂️ cansa.

Quando cansa a emoção oscila entre

  • 🙄Onde estou?

  • 🤷🏼Não sei mais para onde vou?

  • 😳Parece que fiz tudo isso e não melhorou...

Por isso a sugestão da imagem: Parar e sem rumo.

Para para refletir o que tem feito, onde tem exagerado.

Lembrar que o paciente VOCÊ é o Protagonista do tratamento.

A pausa permite :

  • avalia o que você tem feito em sua rotina

  • avaliar o que tem feito como tratamento

  • hierarquizar prioridades

  • reestruturar a sua rotina

  • e sempre que precisar, parar novamente.

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"conhecer os meus (seus) limites"

o que será que significa?


Saber quando a dor vai começar ou ser barrado(a) pela crise de dor?


Essa é uma das percepções e significações que precisamos co-construir com o paciente que sente dores persistentes.


Saber prever que o limiar de dor está prestes a ser ativado!

Ou ativar todo os sistema e ficar alguns dias com dor?


Escolhas, e conhecimento que exigem a participação ativa do paciente!


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Essa é uma dúvida comum,

O que fazer quando não se sente dor?

Será que o melhor seria ficar parado(a)?


Embora, tão desejado, o momento sem dor pode causar dúvidas ou inseguranças.

  1. Aproveitar o momento de bem estar

  2. sem receio de planejar algo novo (ou velho) para fazer.

  3. Compreender, com a ajuda dos profissionais de saúde que existem estratégias para o tratamento da dor e no precisamos ficar vulneráveis a dor.

  4. Fazer, aventurar-se e saber que pode contar com os profissionaos de saúde que acompanham você! Fisioterapeuta, psicólogos, médicos, educadores físicos, ...

Sentir-se seguro para fazer, para controlar a dor e para aproveitar os momentos de bem estar.


Lembrando sempre que ficar parado não é uma opção ao tratamento da dor crônica!


Ficar parado, não quer dizer que você não possa relaxar.

Descansar também faz parte do processo.

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Atividade física VERSUS Exercício físico


[Profissionais de saúde]

Você sabe qual é a diferença entre elas? Qual delas você prescreve?


[Pacientes com dor]

Provavelmente, você nem sabia que tinha diferença.


Quando um profissional de saúde prescreve uma caminhada. Seria uma prescrição de atividade ou exercício físico?


Formalmente, depende de quem e como prescreve.


A atividade física engloba todas as atividades que você faz em seu cotidiano: caminhar para levar o lixo, subir escadas, varrer a casa, sentar e levantar, até tomar banho, jardinagem, caminhada a passeio (de máscara nesse momento de pandemia), pedalar por aí, ir ao supermercado...


Quanto mais atividades físicas você fizer ao longo de seu dia, maior a sua autonomia, melhor sua mobilidade.


O exercício físico requer uma regularidade, um planejamento, pois ele tem um objetivo final de desenvolver ou adquirir novas habilidades, como velocidade, agilidade, impulsão, resistência ,... O exercício físico é geralmente prescrito pelo Professor de Educação Física. Este é o profissional expert no assunto de planejamento, progressão da intensidade e do tempo do exercício. Fisioterapeutas prescrevem (geralmente) exercício terapêutico, que, em parte é similar, mas há uma diferença em seus objetivos finais, objetivos terapêutico para ganho de força, resistência, equilíbrio, .... que promovam a saúde física e participação social do indivíduo, ou seja, sua funcionalidade


Fique tranquilo, e mantenha-se ativo!

Prescreva e motive as pessoas para a atividade física variada, e exercícios físicos orientados.



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Você já pensou ou disse uma frase parecida?

Como profissional de saúde, você talvez tenha pensado algo assim frente a um paciente.


Esse conceito que "comportar-se" para não "estragar" reproduz uma visão meio simplista do corpo humano, da dor,...


Explico:



Primeiro ponto:

Simplista e mecanicista por remeter a uma idéia do corpo humano como uma máquina e ainda por cima: uma máquina mal programada!?!

Se um fisioterapeuta, por exemplo, tem a habilidade para "realinhar e reequilibras as forças vetoriais que agem sobre determinada articulação" [seria como a geometria e o balanceamento], como poderia o corpo equilibrado ser desprovido do direito ao movimento [ou seja, não seria mais seguro dirigir um carro após a geometria e o balanceamento!?]

Incoerente não?!


Segundo ponto:

Dualista: Razão e Emoção não são (ou não) deveriam interagir. Isso é muito passsssaaaaaado! Isso é Descartes, apesar de grandes descobertas e reflexões para condução de nosso raciocínio clínico. Ele também errou porque era humano*. Antônio Damásio (Neurologista e filósofo português) dedicou uma obra para dialogar sobre a razão e emoção. Haveria alguma tomada decisão sem que a emoção fosse ponderada? A opção de fazer ou não uma especialização? Mudar de cidade? Usar máscaras em picos da pandemia? Não são apenas fatos racionais que nos proporcionam a tomada de decisão. A emoção é elemento fundamental.


Voltando a nossa frase da imagem.... essa tal decisão de "comportar" para não estragar, demonstra qual tipo de emoção? Qual emoção conduzirá a tomada de decisão ao movimento? ....

Medo, insegurança, ....

voltamos a idéia da tal "maquina"


*Isso me fez lembrar de um livro que li em 2002 (logo após defender a dissertação de mestrado):

PENSO, LOGO ME ENGANO!


Terceiro ponto:

Hierarquia e ausência de expertise.

O paciente sente-se inseguro sob suas tomadas de decisão, sob seus movimentos. O conhecimento e controle de sua saúde física (ou saúde mental no caso de psicólogos) está sob o controle de um profissional. O paciente é passivo ao tratamento, mas talvez, por sentir-se fragilizado emocionalmente.


Poderíamos falar de vários outros fatores!

Mas deixo-os aqui, com o tempo necessário para a nossa reflexão.


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