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Climatério e menopausa



A menopausa começa com a última menstruação na vida, enquanto o climatério é a fase de transição entre o período reprodutivo e a não reprodutivo da mulher. Além de ser importante entendermos a diferença entre os dois termos, é interessante saber os as diferenças entre eles para podermos nos preparar e agir de forma a minimizar os sintomas e os riscos inerentes a cada um deles. Os riscos não são necessariamente graves, mas incomodam, as vezes incomodam muito, e muito mais ainda por nos sentirmos vulneráveis, por não saber o que fazer.


Na transição da infância para adolescência vivemos uma transformação estimulada pela produção e liberação de muitos hormônios, e isso acontece tanto na mulher quanto no homem. Essa “bomba" hormonal fisiológica muda nossa absorção de gorduras, produção de massa muscular, e prepara o corpo da mulher para o período reprodutivo.


Com o avanço da idade, o nosso envelhecimento, poderíamos dizer que seria como se o corpo da mulher “parasse de investir” nesse sistema reprodutivo e por isso reduziria a produção e liberação de hormônios como o estrógeno.


Quando isso começa?

Varia de mulher para mulher, por questões genéticas, biológicas e sociais. Alguns autores dizem que pode começar por volta dos 35-40 anos e pode durar até mais de 20 anos até que a menopausa seja estabelecida.


A questão é que aqueles hormônios que nos deram tanta vitalidade no período da adolescência…. são hormônios que reduzem muito no período do climatério e farão a diferença até no funcionamento (na fisiologia) do nosso corpo.


Cerca de 70% das mulheres no climatério apresentam sintomas relacionados à deficiência de estrógeno hormônio feminino produzido e liberado pelos ovários:


Os sintomas por alteração nesse hormônio são:

  • instabilidade vasomotora

  • distúrbios do sono

  • diminuição da densidade mineral óssea

  • Acelera o processo de desgaste das cartilagens

  • atrofia genitourinária

  • alterações lipoprotéicas

  • dor musculoesquelética (50% das mulheres no climatério)



Apesar dos “calorões" serem o sintoma mais famoso do climatério, a dor parece ter sido negligenciada, estudos da últimas duas décadas apontam que entre 50 e 85% das mulheres sentem dores musculares nesse período. São dores que não eram relatadas antes e que começam a aparecer e incomodar nesse período. Claro que muitas coisas acontecem na vida da mulher entre os 40 e 60 anos que poderiam justificar o aumento de dores, mas desconsiderar essa mudança hormonal que influencia vários mecanismos fisiológicos e neurofisiológicos, seria negar algo importante, concordam?


Estudos de laboratório, com camundongos, mostram essa relação de alterações hormonais, especialmente o redução ou ausência de estrógeno, e maior sensibilidade a estímulos potencialmente dolorosos.


Negar não é a solução dos nossos problemas, e avaliar de forma sistêmica, entender que vários fatores podem estar influenciando o que estamos sentindo é uma estratégia sábia de quem é protagonista na sua saúde, com nós!


Acompanhar com seu médico os níveis hormonais pode ser um elemento a mais para investigar seus problemas de saúde. Nem sempre que os níveis estão alterados nós precisaremos fazer uma reposição hormonal ou tomar algum medicamento. Até porque sabemos que exercício físico em altas intensidade mudam radicalmente nossa produção e liberação hormonal, esse sim parece ser um remédio na medida certa. O difícil é conseguirmos praticar o exercício nessas intensidades, até porque, se já temos dor, fica ainda mais difícil se motivar ao exercício. Por isso ficar atento ao seu corpo, avaliar as várias causas de desconforto e aos pouquinhos mudar seus hábitos de vida para poder envelhecer saudável.

Encerro com uma reflexão…

Todos queremos envelhecer, pois,

Todos queremos viver!

O que não queremos é fica doente.


E até semana que vem!


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